O amor e o relógio não conversam
Sem lógica o amorsemtempo ressucita
A cada volta suicida
Em torno dos sessenta universos
E em versos sobressaltos taciturnos
O amor - seus afetos, seus returnos -
Amadurece e ama mais.
O amor e o relógio sobrevivem
Sem ternura aturam o tempo dia a dia
Sempre cegos improvisam cada volta
E retornam mudos as doze horas
Taciturna roda, letargia.
Mês a mês, ano a ano, passo a passo,
Passam de mãos dadas amor e tempo
Irmãos em versos, vida e caminhos
Não conversam, tocam com carinho
Um ao outro, a cada volta do ponteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário