Embora além da percepção das pessoas comuns, as fadas continuariam a existir em nosso mundo. Tal afirmação é feita à luz de diversos testemunhos de clarividência, de fenômenos paranormais e parapsicológicos que atestariam a realidade do "mundo invisível" onde supostamente vivem fadas e outros "espíritos mágicos da Natureza". Nas palavras de Schoereder.
São numerosos os relatos de pessoas que dizem ter observado seres estranhos, supostamente vindos de planos paralelos de existência.
 
Um dos mais estranhos destes relatos citados por Schoereder em seu livro (e que ficou conhecido como as fadas de Cottingley),  é o que envolve duas primas, as adolescentes inglesas Elsie Wright e  Frances Griffiths, que em 1917, ao se fotografarem mutuamente num  jardim, acabaram revelando também imagens de pequenas criaturas aladas,  apontadas como fadas e duendes. O caso foi parar nos jornais e as fotos,  publicadas no Strand Magazine em 1920, despertaram a atenção até mesmo de Sir Arthur Conan Doyle, o criador de Sherlock Holmes. 
Doyle,  que era um seguidor do espiritualismo, acreditou na veracidade das  fotos e chegou mesmo a escrever um livro onde defende suas convicções, The Coming of the Fairies ("A  Vinda das Fadas"). Na época (ou posteriormente), não foi verificada  nenhuma evidência de montagem fotográfica nas imagens, e a autenticidade  das mesmas tornou-se assunto de discussão, com adversários e defensores  das mesmas digladiando-se nos jornais.
Interrogadas,  Elsie e Frances afirmaram que apenas elas podiam fotografar as fadas, e  que mais ninguém poderia estar presente em tais momentos. Houve apenas  uma testemunha independente das cenas visualizadas pelas adolescentes, o  escritor teosofista Geoffrey L. Hodson, que confirmou o relato das  duas.
No  início dos anos 1970, Elsie e Frances, agora senhoras idosas, foram  entrevistadas pela BBC e insistiram na autenticidade das fotos. Elsie  afirmou que "se você pensar seriamente em alguma coisa ela se tornará  sólida, real. Acredito que as fadas eram invenção da nossa imaginação".  Embora isso possa soar como uma confissão de fraude, Schoereder defendeu  Elsie e Frances com um argumento retirado da parapsicologia: elas  poderiam ter a capacidade de registrar numa película fotográfica,  imagens vistas em seus pensamentos.
Mas  finalmente em 1982, numa entrevista à Joe Cooper, Elsie e Frances  admitiram que haviam forjado as quatro primeiras fotografias, sem  precisar usar qualquer habilidade fotográfica: as fadas e duendes eram  simplesmente recortes de papel, presos no matagal com alfinetes de  chapéu. A evidência para isto fora encontrada anos antes, em 1977, por  Fred Gettings. Ele havia descoberto num livro infantil,Princess Mary's Gift Book,  publicado por volta de 1914 e que as duas meninas podem ter visto, um  poema de Alfred Noyes intitulado "A Spell for a Fairy" ("Um feitiço para  uma fada") ilustrado por Claude Shepperson. As fadas que aparecem na  ilustração, embora com vestidos diferentes, são obviamente a origem das  poses de três das quatro fadas que surgem na primeira foto de Frances  tirada por Elsie, em julho de 1917.
Conforme  citado por Kronzek, "Frances lembrou-se de ter ficado chocada ao ver  como algumas pessoas acreditavam nas suas histórias. Afinal, sublinhou  ela, os alfinetes estavam bem visíveis em algumas fotos — mas, ainda  assim, ninguém os notou."
Sereias

 
Sereia é um ser mitológico, parte mulher e parte peixe (ou pássaro, segundo vários escritores e poetas antigos). É provável que o mito tenha tido origem em relatos da existência de animais com características próximas daquela que, mais tarde foram classificados como sirénios.
Filhas do rio Achelous e da musa Terpsícore, tal como as harpias, habitavam os rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália. Eram tão lindas e cantavam com tanta doçura que atraíam os tripulantes dos navios que passavam por ali para os navios colidirem com os rochedos e afundarem. Odisseu, personagem da Odisséia de Homero, conseguiu salvar-se porque colocou cera nos ouvidos dos seus marinheiros e amarrou-se ao mastro de seu navio, para poder ouvi-las sem poder aproximar-se. As sereias representam na cultura contemporânea o sexo e a sensualidade.
Na Grécia Antiga, porém, os seres que atacaram Odisseu eram na verdade, retratados como sendo sereias, mulheres que ofenderam a deusa Afrodite e foram viver numa ilha isolada. Se assemelham às harpias, mas possuem penas negras, uma linda voz e uma beleza única.
Segundo a lenda, o único jeito de derrotar uma sereia ao cantar seria cantar melhor do que ela.
Em 1917, Franz Kafka escreveu o seguinte no conto O silêncio das sereias:
As sereias, porém, possuem uma arma ainda mais terrível do que seu canto: seu silêncio.
As sereias, na série Supernatural, podem assumir qualquer forma, aquela com que um homem sempre sonhou. As sereias tomam a forma da mulher desejada e encantam a sua vitima, fazendo promessas de casamento e amor eterno, mas dizem que alguém está atrapalhando, a mulher mais importante na vida da vitima; a mãe, esposa, ou irmã da vitima; e por fim a induz a matá-la, assim que o homem o faz ela desaparece, deixando apenas dor. 
Algumas das sereias citadas na literatura clássica são:
Pisinoe (Controladora de Mentes).
Thelxiepia (Cantora que Enfeitiça).
Ligeia (Doce Sonoridade).
Aglaope.
Leucosia.
Parténope.
Na Televisão:
Em Saint Seiya, Tetis é uma sereia subordinada a Poseidon/Julian Solo.
Em One Piece, existe uma ilha aonde moram tritões e sereias, sendo que destas últimas apareceram duas: Kokoro, viúva do Carpinteiro Tom, e Caimie, amiga de Hachi. Foi revelado que, após os 30 anos de idade, as sereias ganham a habilidade de mudar sua cauda para duas pernas sempre que quiserem.
Na série Supernatural, no episódio Sexo e Violência, os irmãos Dean e Sam Winchester precisam enfrentar uma sereia que está obrigando os homens de uma cidade a matarem as mulheres mais importantes de suas vidas. Os dois acabam sendo encantados pela criatura e brigam para ficar com ela. Segundo o episódio, a maneira de matar uma sereia seria usando um punhal de bronze molhado com o sangue de algum enfeitiçado pela sereia.
Bloody Mary

 
Uma das maneiras mais comuns de tentar fazê-la aparecer é estar diante de um espelho no escuro (geralmente no banheiro) e repetir o seu nome três vezes, embora haja muitas variações incluindo cantar uma centena de vezes, cantar à meia-noite, esfregando os olhos de alguém, ou cantar o nome dela treze vezes com uma vela acesa. Em algumas versões da lenda, o invocador deve dizer: "Bloody Mary, que matou seu bebê." Nessas variantes, Bloody Mary é frequentemente considerado o espírito de uma jovem mãe cujo filho foi roubado dela, deixando-a louca na tristeza, acabou cometendo suicídio. Em histórias onde Maria é suposto ter sido indevidamente acusada de matar seus filhos, o consulente pode dizer: "Eu acredito na Mary Worth". Isso é semelhante a outro jogo envolvendo a convocação da Bruxa do Sino em um espelho à meia-noite. O jogo é muitas vezes um teste de coragem e bravura, como é dito que, se é chamado Bloody Mary, ela continuaria a matar o invocador de uma forma extremamente violenta, como rasgar seu rosto, colocando seus olhos para fora, cortando a sua cabeça fora, levando-os à loucura, trazendo-os para o espelho com ela ou cortar a garganta, causando ferimentos graves ou morte. Alguns acham que se ela não mata aquele que havia citado, em seguida, ela irá assombrá-los para o resto de sua vida. Outras versões dizem que, se alguém canta o nome dela treze vezes à meia-noite em um espelho, ela aparece com um defunto e pode conversar com  pessoa até 00:08, quando Bloody Mary e o morto com quem pediu para falar desaparecerão. 
 
Reza a lenda, que para que o espírito seja destruído é necessário que o espelho em que apareça seja quebrado, com ela dentro, assim fazendo com que ela seja aprisionada, até que seja chamada por mais alguém, quando tudo começa novamente.
Anjos
Anjo,  segundo a tradição judaico-cristã, a mais divulgada no ocidente, é uma  criatura celestial, acreditada como sendo superior aos homens, que serve  como ajudante ou mensageiro de Deus. Na iconografia comum, os anjos  geralmente têm asas de pássaro e uma auréola. São donos de uma beleza  delicada e de um forte brilho, e por vezes são representados como  uma criança, por terem inocência e virtude. Os relatos bíblicos e  a hagiografia cristã contam que os anjos muitas vezes foram autores de  fenômenos miraculosos, e a crença corrente nesta tradição é que uma de  suas missões é ajudar a humanidade em seu processo de aproximação a  Deus.
Os  anjos são ainda figuras importantes em muitas outras tradições  religiosas do passado e do presente, e o nome de "anjo" é dado amiúde  indistintamente a todas as classes de seres celestes.  Os muçulmanos, zoroastrianos, espíritas, hindus e 
budistas, todos aceitam  como fato sua existência, dando-lhes variados nomes, mas às vezes são  descritos como tendo características e funções bem diferentes daquelas  apontadas pela tradição judaico-cristã, esta mesma apresentando  contradições e inconsistências, de acordo com os vários autores que se  ocuparam deste tema. 
O Espiritismo faz uma descrição em muito semelhante  à judaico-cristã, considerando-os seres perfeitos que atuam como  mensageiros dos planos superiores. 
Dentro do Cristianismo Esotérico e  da Cabala, são chamados de anjos os espíritos num grau de evolução  imediatamente superior ao do homem e imediatamente inferior ao  dos arcanjos. 
Para os muçulmanos alguns anjos são bons, outros maus, e  outras classes possuem traços ambíguos. No Hinduísmo e no Budismo são  descritos como seres autoluminosos, donos de vários poderes, sendo que  alguns são dotados de corpos densos e capazes de comer e beber. 
Já  os teosofistas afirmam que existem inumeráveis classes de anjos, com  variadas funções, aspectos e atributos, desde diminutas criaturas  microscópicas até colossos de dimensões planetárias, responsáveis pela  manutenção de uma infinidade de processos naturais. 
Além disso a cultura  popular em vários países do mundo deu origem a um  copioso folclore sobre os anjos, que muitas vezes se afasta bastante da  descrição mantida pelos credos institucionalizados dessas regiões.
Hierarquias Angelicais
No  Cristianismo a fonte primária ao estudo dos anjos são as citações  bíblicas, embora existam apenas sugestões ambíguas para a construção de  um sistema como ele se desenvolveu em tempos posteriores. Os anjos  aparecem em vários momentos da história narrada na Bíblia, como quando  três anjos apareceram a Abraão. Isaías fala de serafins; outro anjo acompanhou Tobias; a Virgem Maria recebeu uma visita angélica na anunciação do futuro nascimento de Cristo, e o próprio Jesus fala deles em vários momentos, como quando sofreu a tentação no deserto e na cena do horto das oliveiras, quando um anjo lhe fortalecia antes da Paixão. São Paulo faz alusão a cinco ordens de anjos.
Tradições esotéricas cristãs  também foram invocadas para se organizar um quadro mais exato. As  classificações propostas na Idade Média são as seguintes:
São Clemente, em Constituições Apostólicas, século I:
1.  Serafins
2. Querubins
 3. Éons
4. Hostes
5. Potestades
6.  Autoridades
7. Principados
8. Tronos
9. Arcanjos
10. Anjos
 11.  Dominações
Santo Ambrósio, em Apologia do Profeta David, século IV:
1. Serafins
 2. Querubins
3. Dominações
4. Tronos
5. Principados
 6. Potestades
7. Virtudes
8. Anjos 
9. Arcanjos
São Jerônimo, século IV:
1. Serafins
2. Querubins 
3. Potestades
4. Dominações
5. Tronos
 6. Arcanjos
 7. Anjos.
Pseudo-Dionísio, o Areopagita, em De Coelesti Hierarchia, c. século V:
1. Serafins
2. Querubins
3. Tronos
4. Dominações
5. Virtudes
6. Potestades 
7. Principados
8. Arcanjos
9. Anjos
São Gregório Magno, em Homilia, século VI:
1. Serafins
 2. Querubins
3. Tronos 
4. Dominações
5. Principados
6. Potestades
 7. Virtudes
8. Arcanjos
9. Anjos
Santo Isidoro de Sevilha, em Etymologiae, século VII:
1. Serafins
2. Querubins
3. Potestades
4. Principados
5. Virtudes
6. Dominações
 7. Tronos
8. Arcanjos
9. Anjos
João de Damasco, em De Fide Orthodoxa, século VIII:
1.  Serafins
2. Querubins
3. Tronos 
4. Dominações
5. Potestades
6.Autoridades (Virtudes) 
7. Governantes (Principados)
 8. Arcanjos
9.  Anjos.
São Tomás de Aquino, em Summa Theologica, (1225-1274):
1. Serafins
 2. Querubins
 3. Tronos
4. Dominações
5. Virtudes
 6. Potestades
7. Principados
8. Arcanjos
9. Anjos
Dante Alighieri, na Divina Comédia (1308-1321):
1. Serafins
2. Querubins 
3. Tronos
4. Dominações
5. Virtudes
6. Potestades
7. Arcanjos
 8. Principados
9. Anjos
Os anjos são divididos em nove coros, e agrupados em três trindades.
Primeira Tríade 
A 1ª Ordem é composta pelos anjos mais próximos de Deus, que desempenham suas funções diante do Pai.
  
Serafins
O  nome serafim vem do hebreu saraf, e do grego, séraph, que significam  "abrasar, queimar, consumir". Também foram chamados de ardentes ou  de serpentes de fogo. É a ordem mais elevada da esfera mais alta. São os  anjos mais próximos de Deus e emanam a essência divina em mais alto  grau. Assistem ante o Trono de Deus e é seu privilégio estar unido a  Deus de maneira mais íntima, e são descritos em Isaías como cantando  perpetuamente o louvor de Deus e tendo seis asas.
O  Pseudo-Dionísio diz que sua natureza ígnea espelha a exuberância de sua  atividade perpétua e infatigável, e sua capacidade de inflamar os anjos  inferiores no cumprimento dos desígnios divinos, purificando-os com seu  fogo e iluminando suas inteligências, destruindo toda sombra. Pico  della Mirandola fala deles em sua Oração sobre a Dignidade do  Homem (1487) como incandescentes do fogo da caridade, e modelos da mais  alta aspiração humana.
Querubins
Os  querubins são seres misteriosos, descritos tanto no Cristianismo como  em tradições mais antigas às vezes mostrando formas híbridas de homem e  animal. Os povos da Mesopotâmia tinham o nome karabu e suas variantes  para denominar seres fantásticos com forma de touro alado de face  humana, e a palavra significa em algumas daquelas línguas "poderoso",  noutras "abençoado".
No Gênesis aparece  um querubim como guardião do Jardim do Éden, expulsando Adão e Eva após  o pecado original. Ezequiel os descreve como guardiães do trono de Deus  e diz que o ruflar de suas asas enchia todo o templo da divindade e se  parecia com som de vozes humanas; a cada um estava ligada uma roda, e se  moviam em todas as direções sem se voltar, pois possuíam quatro faces:  leão, (O leão sempre foi reconhecido como forte, feroz, majestoso, ele é  o rei dos animais e essa face simboliza então sua força). touro, (o  touro é reconhecido como um animal que trabalha pacientemente para seu  dono. 
Ele é forte, podendo carregar um urso, e conhece o seu dono).  águia, (como um anjo, este pássaro voa acima das tempestades, enquanto  abaixo delas existem tristezas, perigos, e angústias. Um pássaro ligeiro  e poderoso, elegante, incansável) e homem, Esta face fala da mente,  razão, afeições,e todas as coisas que envolvem a natureza humana, isso,  para alguns estudiosos, significa que eles assim como os homens possuem o  livre arbítrio. E eram inteiramente cobertos de olhos, significando a  sua onisciência. Mas as imagens querubins que Moisés colocou sobre  a Arca da Aliança tinham forma humana, embora com asas.
Os  Querubins, para alguns teólogos, ocupam o topo da hierarquia, pois  alguns não consideram os serafins como anjos , uma vez que a palavra  hebraica para anjo é "malak" (mensageiro) e da mesma forma no grego,  anjo é "angelus" (mensageiro) e estas figuras aladas que aparecem, na  Bíblia, apenas em Isaías capítulo 6, onde exaltam a Deus mas não  comunicam mensagens ao profeta.
São  Jerônimo e Santo Agostinho interpretam seu nome como "plenitude de  sabedoria e ciência". São representados muitas vezes como crianças  pequenas dotadas de asas, chamados putti (meninos) em italiano. Têm o  poder de conhecer e contemplar a Deus, e serem receptivos ao mais alto  dom da luz e da verdade, à beleza e à sabedoria divinas em sua primeira  manifestação. Estão cheio do amor divino e o derramam sobre os níveis  abaixo deles.
Satanás é descrito como o querubim ungido, sendo chamado antes pelo nome de Lúcifer ou Belial.
Tronos ou Ofanins
Os Tronos têm seu nome derivado do grego thronos, que significa "anciãos". São chamados também de erelins ou ofanins, ou algumas vezes de Sedes Dei (Trono  de Deus), e são identificados com os 24 anciãos que perpetuamente se  prostram diante de Deus e a Seus pés lançam suas coroas. São os símbolos  da autoridade divina e da humildade, e da perfeita pureza, livre de  toda contaminação.
Segunda Tríade
 
A 2ª Ordem é composta pelos Príncipes da Corte celestial.
Dominações
As Dominações ou Domínios (do latim dominationes)  têm a função de regular as atividades dos anjos inferiores, distribuem  aos outros anjos as funções e seus mistérios, e presidem os destinos das  nações. Crê-se que as Dominações possuam uma forma humana alada de  beleza inefável, e são descritos portando orbes de luz e cetros  indicativos de seu poder de governo. Sua liderança também é afirmada na  tradução do termo grego kuriotes, que significa "senhor", aplicado a esta classe de seres.
São  anjos que auxiliam nas emergências ou conflitos que devem ser  resolvidos logo. Também atuam como elementos de integração entre os  mundos materiais e espirituais, embora raramente entrem em contato com  as pessoas.
Virtudes
As  Virtudes são os responsáveis pela manutenção do curso dos astros para  que a ordem do universo seja preservada. Seu nome está associado ao  gregodunamis, significando "poder" ou "força", e traduzido como "virtudes" em Efésios 1:21,  e seus atributos são a pureza e a fortaleza. O Pseudo-Dionísio diz que  eles possuem uma virilidade e poder inabaláveis, buscando sempre  espelhar-se na fonte de todas as virtudes e as transmitindo aos seus  inferiores.
Orientam  as pessoas sobre sua missão. São encarregados de eliminar os obstáculos  que se opõe ao cumprimento das ordens de Deus, afastando os anjos maus  que assediam as nações para desviá-las de seu fim, e mantendo assim as  criaturas e a ordem da Divina providência. Eles são particularmente  importantes porque têm a capacidade de transmitir grande quantidade de  energia divina. Imersas na força de Deus, as Virtudes derramam bênçãos  do alto, frequentemente na forma de milagres. São sempre associados com  os heróis e aqueles que lutam em nome de Deus e da verdade. São chamados  quando se necessita de coragem.
Potestades
As  Potestades ou Potências são também chamadas de "condutores da ordem  sagrada". Executam as grandes ações que tocam no governo universal. Eles  são os portadores da consciência de toda a humanidade, os encarregados  da sua história e de sua memória coletiva, estando relacionados com  o pensamento superior - ideais, ética, religião e filosofia, além  da política em seu sentido abstrato.
Também  são descritos como anjos guerreiros completamente fiéis a Deus. Seus  atributos de organizadores e agentes do intelecto iluminado são  enfatizados pelo Pseudo-Dionísio, e acrescenta que sua autoridade é  baseada no espelhamento da ordem divina e não na tirania. Eles têm a  capacidade de absorver e armazenar e transmitir o poder do plano divino,  donde seus nomes.
Os anjos do nascimento e da morte pertencem a essa categoria. São também os guardiões dos animais.
Terceira Tríade
 
A  3ª Ordem é composta pelos anjos ministrantes, que são encarregados dos  caminhos das nações e dos homens e estão mais intimamente ligados ao  mundo material.
Principados
Os Principados, do latim principatus, são os anjos encarregados de receber as ordens das Dominações e Potestades e transmití-las aos reinos inferiores, e sua posição é representada simbolicamente pela coroa e cetro que usam. Guardam as cidades e os países. Protegem também a fauna e a flora. Como seu nome indica, estão revestidos de uma autoridade especial: são os que presidem os reinos, as províncias, e as dioceses, e velam pelo cultivo de sementes boas no campo das ideologias, da arte e da ciência.
Arcanjo
O nome de arcanjo vem do grego arkangélos, que significa "anjo principal" ou "chefe", pela combinação de archō, o primeiro ou principal governante, e άγγελος, aggělǒs, que quer dizer "mensageiro". Este título é mencionado no Novo Testamento por duas vezes e a esta ordem pertencem os únicos anjos cujos nomes são conhecidos através da Bíblia: 
Miguel, Rafael e Gabriel. Miguel é especificamente citado como "O" arcanjo, ao  passo que, embora se presuma pela tradição que Gabriel também seja um  arcanjo, não há referências sólidas a respeito. Rafael descreve a si  mesmo como um dos sete que estão diante do Senhor, classe de seres mencionada também no Apocalipse.
Considerado canônico somente pela Igreja Ortodoxa da Etiópia, o Livro de Enoque fala  de mais quatro arcanjos,Uriel, Ituriel, Amitiel e Baliel, responsáveis  pela vigilância universal durante o perído dos Nefilim, os "anjos  caídos". Contudo em fontes apócrifas estes são por vezes ditos como  querubins. A igreja Ortodoxa faz de Uriel um arcanjo e o festeja com  Rafael, Gabriel e Miguel na Synaxis de Miguel e os outros Poderes Incorpóreos, em 21 de novembro.
Seu  caráter de mensageiros, ou intermediários, é assinalada pelo seu papel  de elo entre os Principados e os Anjos, interpretando e iluminando as  ordens superiores para seus subordinados, além de inspirar misticamente  as mentes e corações humanos para execução de atos de acordo com a  vontade divina. Atuam assim como arautos dos desígnios divinos, tanto  para os Anjos como para os homens, como foi no caso de Gabriel na  Anunciação a Maria. A cultura popular faz deles protetores dos bons  relacionamentos, da sabedoria e dos estudos, e guerreiros contra as  ações do Diabo.
Anjos
Os anjos são os seres angélicos mais próximos do reino humano, o último degrau da hierarquia angélica acima descrita e pertencentes à sua terceira tríade. 
A tradição hebraica, de onde nasceu a Bíblia, está cheia de alusões a seres celestiais identificados como anjos, e que ocasionalmente aparecem aos seres humanos trazendo ordens divinas. 
São citados em vários textos místicos judeus, especialmente nos ligados à tradição Merkabah. Na Bíblia são chamados de mensageiros de Deus, mensageiros do Senhor, filhos de Deus e santos. 
São dotados de vários poderes supernaturais, como o de se tornarem visíveis e invisíveis à vontade, voar, operar milagres diversos e consumir sacrifícios com seu toque de fogo. Feitos de luz e fogo sua aparição é imediatamente reconhecida como de origem divina também por sua extraordinária beleza. 
Segundo a tradição católica os anjos(mensageiros) são designações de cargos, não de natureza. Para Deus, apesar dos vários cargos angelicais, todos são anjos e todos são iguais perante Ele.
Na Astrologia 
 
Algumas  tradições astrológicas atribuem nomes para os anjos "embaixadores" dos  planetas na Terra, responsáveis pela influência desses planetas na vida  do homem. São eles:
Miguel: é o reitor do Sol.
Gabriel: é o reitor da Lua.
Rafael: é o reitor de Mercúrio.
Uriel/Anael: é o reitor de Vênus.
Camael/Samuel: é o reitor de Marte.
Zacariel/Sadkiel/Zeus/Zacarias: é o reitor de Júpiter.
Orifiel/Cassiel: é o reitor de Saturno.
Os  anjos reitores de Urano, Netuno e  de planetas-anões como Plutão/Plutoides e Éris geralmente não são  mencionados por não serem planetas conhecidos desde a antigüidade.  Alguns astrólogos propuseram o nome Ituriel para o anjo embaixador de Urano.
  
O Anjo da Guarda
 
 
Dentre os anjos da tradição cristã está o tipo do anjo da guarda, chamado fravashi pelos seguidores de Zoroastro, e ao anjo da guarda, como o nome diz, é confiada individualmente cada pessoa ao nascer, protegendo-a do mal até onde a ordem divina o permita, fortalencendo corpo e alma e inspirando-a à prática das boas ações.
O Anjo do Senhor
Na Bíblia, sobretudo no Antigo Testamento há várias menções à aparição do Anjo do Senhor.  A expressão "Anjo do Senhor" causa curiosidade por tratar-se não apenas  de mais um anjo e sim de um anjo específico, considerando a  antecedência do artigo definido o.
De  acordo com algumas posições teológicas, o Anjo do Senhor que fez vários  contatos com personagens bíblicos, entre os quais  Abraão, Hagar, Gideão, sendo aparições do próprio Deus e constituindo,  portanto, uma espécie de teofania ou até mesmo uma cristofania.
Também é conhecido como o Anjo da Presença,  embora este termo tenha em certas filosofias um significado bem  específico. O Anjo da Presença, segundo o pensamento gnóstico e cristão  esotérico, não é um ser com vida própria, mas sim  uma forma-pensamento que representa Cristo durante  o sacramento da Eucaristia e é um veículo da Sua consciência e das Suas  bênçãos.
 Lúcifer
 Segundo diversas tradições, Lúcifer seria um Querubim que se rebelou contra Deus.
Outros teólogos e alguns grupos cristãos como as Testemunhas de Jeova, afirmam que 
"a única referência a Lúcifer na Bíblia aplicava-se a Nabucodonosor, rei da Babilônia.
Acesse o Link e confira mais sobre a História de Lúcifer:
A História de Lúcifer
Wicca
Wicca é  uma religião neopagã influenciada por crenças pré-cristãs e práticas  da Europa ocidental que afirma a existência do poder sobrenatural (como  a magia) e os princípios físicos e  espirituais masculinos e femininos que inteiram a natureza, e que  celebra os ciclos da vida e os festivais sazonais, conhecidos  como Sabbats, os quais ocorrem, normalmente, oito vezes por  ano. Autoridades como Alex Sanders referem-se a ela como religião natural, "a mais antiga do mundo". 
É muitas vezes referida como Witchcraft (em português: "bruxaria")  ou the Craft por seus seguidores, que são conhecidos como Wiccanos ou  Bruxos. Suas origens contestadas residem na Inglaterra no início  do século XX, mas foi popularizada nos anos 50 por Gerald Gardner, que  na época chamava a religião de "culto às bruxas" e "bruxaria", e seus  seguidores "a Wica". A partir dos anos 60 seu nome foi normalizado para  "Wicca".
A  Wicca é uma religião politeísta, de culto basicamente dualista, que crê  tradicionalmente na Mãe Tríplice e no Deus Cornífero, ou religião  matriarcal de adoração à Deusa mãe. 
Estas duas deidades são muitas vezes  vistas como facetas de uma divindade panteísta maior, ou que se  manifestam como várias divindades politeístas. 
A Wicca também envolve a  prática ritual da mágica, em grande parte influenciada pela magia  cerimonial do passado, muitas vezes em conjunto com um código de  moralidade liberal conhecida como a Wiccan Rede, embora não seja uma  regra. 
Embora algumas tradições adorem o celta Cernunnos, símbolo  da virilidade, e por vezes seja confundida com Satanismo, os wiccanos  não crêem em Lúcifer ou em Satã.
Existem  diversas tradições dentro da Wicca. Algumas, como a Wicca Gardneriana e  a Alexandrina, seguem a linhagem iniciática de Gardner; ambas são  frequentemente denominadas de wicca tradicional britânica, e muitos dos  seus praticantes consideram que o termo "Wicca" possa ser aplicado  unicamente a elas. 
Outras, como o cochranianismo, Feri e a Tradição  Diânica, tomam como principal influência outras figuras e não insistem  em qualquer tipo de linhagem iniciática. Alguns destes não usam o termo  "Wicca", preferindo "Bruxaria", enquanto outros crêem que todas estas  tradições podem ser consideradas wiccanas.
Origem
Desde  meados do século XX, a Bruxaria tornou-se a autodesignação de uma  sucursal do neopaganismo, especialmente na tradição Wicca, cujo pioneiro  foi Gerald Gardner, que alega resgatar uma antiga tradição religiosa da  bruxaria com raízes pré-cristãs (alguns wiccanos dizem que é a mais  antiga religião do mundo). Na década de 1920 e na década de 1930, a  egiptóloga Dr. Margaret Murray publicou diversos livros influentes  detalhando suas teorias de que as bruxas e bruxos caçados durante a  Idade Média não eram, como alegavam seus perseguidores cristãos, adeptas  do Satanismo, mas simpatizantes de uma religião pagã pré-cristã que  adorava um deus cornífero — o Culto Bruxo. 
Antes de Murray, nomes  como Girolamo Tartarotti, Matilda Joslyn Gage, Jacob Grimm, Karl  Pearson, Jules Michelet e Charles Leland já escreviam linhas ou livros  inteiros sobre o contraste entre as duas religiões na Idade  Média e Renascimento. Embora nos dias de hoje a pesquisa histórica  aprofundada tenha desacreditado de Murray, suas teorias foram amplamente  aceitas e apoiadas na época.
Nos  anos 30, apareceu a primeira evidência de uma prática pagã de religião  de bruxaria (o que hoje é reconhecida como Wicca) na Inglaterra.  Diversos grupos em todo o país, em lugares como Norfolk, e Cheshire se  autoproclamaram continuadores da tradição do Culto Bruxo de Murray,  embora estivessem abertos a influências de diversas outras fontes, tais  como a Magia Cerimonial, a Maçonaria, a Teosofia, o Romantismo,  o Druidismo, a mitologia clássica e as religiões asiáticas.
A  Bruxaria tornou-se mais proeminente, contudo, na década de 1950 com  a revogação da Lei de Feitiçaria de 1735, da qual diversas figuras,  como Charles Cardell,Cecil Williamson e notavelmente Gerald Gardner,  começaram a propagar suas próprias versões do ofício. Gardner foi  iniciado na New Forest coven em 1939, antes de formar sua própria  tradição, mais tarde chamada Gardnerianismo. Sua tradição, auxiliada por  sua Alta Sacerdotiza Doreen Valiente e com a publicação de seus livros A Bruxaria Hoje (1954) e O Sentido da Bruxaria (1959), logo se tornou a tradição dominante no país, e se espalhou para outras regiões das Ilhas Britânicas.
O Deus e a Deusa
Para a maioria dos Wiccanos, o Deus e Deusa são vistos como polaridades complementares no universo, existindo um equilíbrio entre um e outro, e desta forma têm sido comparados com o conceito de yin e yang, encontrado no Taoísmo. Como tal, são muitas vezes interpretados como sendo "encarnações de uma força de vida manifesta na natureza", com alguns Wiccanos acreditando que eles são simplesmente simbólos dessas polaridades, enquanto outros acreditam que o Deus e a Deusa são seres verdadeiros que existem de forma independente. Às duas divindades são dadas frequentemente associações simbólicas, com a Deusa comumente sendo simbolizado como a Terra (ou seja, a Mãe Terra), mas também às vezes como a Lua, a qual complementa o Deus, visto como o Sol.
 
Tradicionalmente,  o Deus é visto como um Deus Cornífero, associado com  a natureza selvagem, a sexualidade, a caça e o ciclo de vida. Ao Deus  Cornífero é dado vários nomes de acordo com a tradição, e estas  incluem Cernunnos, Pã, Atho e Karnayna. Embora este valor não seja  igualado com a figura tradicional de Satã, que é visto como sendo uma  entidade dedicada ao mal no cristianismo, uma pequena minoria de  Wiccanos, de acordo com as acusações dos julgamentos históricos de  bruxas, referem-se a seu Deus Cornífero com alguns dos nomes de Satanás,  como "Diabo" ou como "Lúcifer", um termo latino que significa "portador  da luz". Em outras ocasiões, o Deus é visto como o Homem verde, uma  figura tradicional na arte e da arquitetura européia, e muitas vezes  interpretado como sendo associado com o mundo natural. O Deus é  frequentemente descrito como um Deus Sol, em especial no festival  de Litha, ou o solstício de verão. Outra representação de Deus é a do  Rei Carvalho e o Rei Azevinho, aquele que governa a primavera e o verão,  esse que governa o outono e o inverno.
A  Deusa é geralmente retratada como uma Deusa tríplice, sendo assim uma  divindade triádica composta de uma deusa virgem, uma deusa-mãe e uma  deusa anciã, cada um dos quais tem associações diferentes, ou seja,  a virgindade, a fertilidade e a sabedoria. Ela também é comumente  descrita como uma Deusa Lua, e muitas vezes é dado o nome de Diana após a  divindade romana. 
Alguns wiccanos, especialmente a partir da década de  1970, têm visto a Deusa como a mais importante das duas divindades, que é  pré-eminente de que ela contém e concebe tudo. A este respeito, o Deus é  visto como a centelha de vida e inspiração dentro dela, ao mesmo tempo  seu amante e seu filho. 
Isto se reflete na estrutura tradicional  do coven.Para uma forma monoteísta da Wicca, o Dianismo, a Deusa é a  divindade única, um conceito que tem sido criticado por membros de  outras tradições mais igualitárias.
O  conceito de ter uma religião e venerar um Deus Cornífero acompanhado de  uma Deusa tinha sido elaborado pela egiptóloga Margaret Murray durante  a década de 1920. 
Ela acreditava que, com base em suas próprias teorias  sobre os primeiros ensaios da bruxaria moderna na Europa, que essas duas  divindades, mas principalmente o Deus Cornífero, tinha sido adorado por  um culto bruxo, desde que a Europa Ocidental sucumbiu ao cristianismo.  Embora amplamente desacreditada, Gerald Ga
rdner foi um defensor de sua  teoria, e acreditava que a Wicca foi uma continuação do histórico culto  bruxo, e do Deus Cornífero e da Deusa, eram, portanto, antigas  divindades das ilhas britânicas. A sabedoria moderna refutada as suas  pretensões, porém vários diferentes deuses corníferos e deusas mãe eram  de fato adorados nas ilhas britânicas durante os períodos antigo e  medieval.
Panteísmo, Politeísmo e Animismo
Existem muitos adeptos da Wicca que acreditam que a Deusa e o Deus são meramente dois aspectos de uma mesma Deidade, às vezes vista como uma deidade panteística, abrangendo, assim, tudo o que existe no Universo. Em seus escritos, Gardner se refere a este ser como o Motor Primordial que permaneceu desconhecido durante os séculos, embora nos rituais da sua tradição chamada Gardnerianismo ele seja referido como Dryghten, originalmente uma palavra que significa "Lord" ("Senhor") na Língua inglesa antiga. A partir disso, diversos outros nomes foram dados a este "Motor Primordial"; Scott Cunningham, por exemplo, chamava-no de "The One".
Assim como o panteísmo e o duoteísmo, muitos adeptos da Wicca são politeístas, acreditando, assim, que existem diversos deuses existentes. Alguns aceitam a ideia expressa pelo ocultista Dion Fortune de que "todos os deuses são um deus, e todas as deusas são uma deusa". 
Com tal mentalidade, um wiccano pode crer que a germânica Eostre, a hindu Kali, e a cristã Virgem Maria são manifestações de uma Deusa Suprema e, da mesma forma, que o celta Cernunnos, o grego Dionísio e o judaico-cristão Yahweh são aspectos de um mesmo Deus Supremo. 
Numa abordagem estritamente mais antiga da crença politeísta, os deuses e deusas são em seu próprio direito criaturas distintas uma das outras, não sendo, assim, aspectos nem elementos de uma outra "entidade maior". Os escritores wiccanos Janet Farrar e Gavin Bone postularam que a Wicca é cada vez mais politeísta à medida que amadurece, tendendo a adotar uma visão pagã cada vez mais tradicional.
 Outros wiccanos concebem as deidades não como personalidades literais mas como arquétipos metafóricos ou uma tulpa, fazendo com que estes sejam decidamente adeptos do ateísmo. Essa visão foi adotada pela Alta Sacerdotiza Vivianne Crowley, que também era psicóloga, e que considerava as divindades da Wicca como arquétipos Junguianos que existem no subconsciente e que poderiam ser evocados através dos rituais. Por esta razão, Crowley dizia que "A Deusa e o Deus se manifestam para nós em sonho e em visão."
 
A Wicca é, essencialmente, uma religião imanente, e para grande parte dos wiccanos esta idéia também envolve elementos do animismo. Esta crença diz que a Deusa e o Deus (ou os deuses e as deusas) são capazes de se manifestarem fisicamente, na forma de uma pessoa, ao vivo, sobretudo nos corpos do Sacerdote e da Sacerdotiza, para fornecerem uma mensagem espiritual direta aos integrantes do ritual.
 
Magia
 Boa parte dos wiccanos crêem na magia — uma força que eles vêem como sendo capazes de manipulação através da prática de bruxaria ou feitiçaria. Alguns a denonimam "magick", variação cunhada pelo influente ocultista Aleister Crowley, embora esta grafia é mais comumente associada com a religião da Thelema de Crowley do que com a Wicca. De fato, muitos wiccanos concordam com a definição de magia oferecida pelos mágicos cerimoniais, como Aleister Crowley, que declarava que a magia é "a ciência e a arte de provocar mudança de ocorrência em conformidade com a vontade", enquanto que outro mágico cerimonial proeminente, MacGregor Mathers, afirmou que era "a ciência do controle das forças secretas da natureza." 
Os wiccanos também acreditam que a magia é a lei da natureza ainda incompreendida ou ignorada pela ciência contemporânea, e, como tal, não a vêem como sendo sobrenatural, mas sendo uma parte dos "super poderes que residem no natural", como escrevia Leo Martello. Alguns adeptos da Wicca preferem acreditar que a magia é fazer pleno uso dos cinco sentidos a fim de se obter resultados surpreendentes, ao passo que outros wiccanos não pretendem saber como ela funciona, apenas acreditando que ela funciona.
Os feitiços da Wicca são realizados durante as práticas rituais, na tentativa de provocar mudanças reais no mundo físico. Assim, os feitiços da Wicca geralmente são usados para a cura, a proteção, o banimento de influências negativas e, principalmente, a fertilidade. Os pioneiros da Wicca, Alex Sanders, Sybil Leek e Doreen Valiente, chamavam suas práticas de "magia branca", para separá-la da "magia negra", que é associada ao mal e ao Satanismo e é usada contra um objeto, uma pessoa, um lugar. 
Sanders também utilizava a terminologia "Caminho da Mão Esquerda" para descrever a magia maléfica e "Caminho da Mão Direita" para descrever a magia realizada com boas intenções; terminologia esta que teve sua origem com a ocultista Madame Blavatsky no século XIX. Alguns wiccanos, contudo, alegam que a cor preta não é necessariamente uma associação ao Mal.
A magia na Wicca define-se como a arte de enviar consciência a vontade, em ocasiões respaldando estes pensamentos ou está fé com objectos como velas,talismãs, ou ervas que representem a intenção do Mago Wicca. Símbolos, cores, artefatos, o círculo, movimentos, música e mantras fazem parte do conjunto fundamental de elementos na magia wicca a fim de se obter o efeito buscado, que varia de grupo a grupo. Scott Cunningham escreveu: "O poder pessoal é a força vital que sustenta nossas existências terrenas. Ela move nossos corpos. [...] Na magia, o poder pessoal é gerado, imbuído de um propósito específico, liberado e direccionado ao seu objectivo."
Não existe nenhum dogma moral ou código ético universalmente seguido pelos wiccanos de todas as tradições, no entanto a maioria segue um código conhecido como a Wiccan Rede que afirma "sem ninguém prejudicar, faz o que tu quiseres".
Os cinco Elementos
Em grande parte das tradições da Wicca, há a crença nos Quatro Elementos, mas ao contrário da filosofia na Grécia antiga, elas são vistas como simbólicas em vez de literal, ou seja, são representações das fases da matéria. Esses elementos são geralmente evocados durante os rituais mágicos da Wicca e nomeados ao se consagrar um círculo mágico. Os quatro elementos são: Ar, Fogo, Água e Terra, acrescido de um quinto, o Éter (ou Espírito), que une todos os outro quatro elementos. Para se explicar o conceito dos Cinco Elementos, foram criadas diversas analogias, como a da wiccana Ann-Marie Gallagher, que usava o exemplo de uma árvore, que é composta de terra (com o solo e matéria vegetal), água (seiva e umidade), fogo (através da fotossíntese) e ar (a criação de oxigênio e de dióxido de carbono), que se acredita serem unidos pelo Espírito.
Tradicionalmente, no Gardnerianismo, cada elemento é associado a um ponto cardeal da bússola, sendo o ar oriental, o fogo sul, a água oeste, a terra o norte e o Espírito o centro. No entanto, alguns wiccanos, como Frederic Lamond, alegaram que os pontos cardeais foram definidos apenas visando a geografia do sul da Inglaterra, onde a Wicca emergiu, e que os wiccanos devem determinar os pontos de acordo com sua região; por exemplo, aqueles que vivirem na costa leste da América do Norte deve chamar água o leste e não o ocidente, porque o corpo colossal de água, noOceano Atlântico, é a seu leste. Outros grupos da Craft têm associado os elementos com diferentes pontos cardeais; Robert Cochrane da Clan of Tubal Cain, por exemplo, associava o sul à terra, o fogo ao leste, o oeste com a água e o ar com o norte onde cada um dos quais eram controlados por um deus diferente, que eram vistos como filhos do Deus Cornífero e da Deusa. Cada elemento também possui uma ferramenta exclusiva nos rituais, sendo a varinha para o ar, o athame para o fogo, o cálice para a água, o pentáculo para a terra e o próprio círculo mágico (ou o caldeirão mágico) para o espírito. Cada um dos Cinco Elementos são representados por cada ponta do pentagrama, o símbolo mais utilizado da Wicca, com o Éter (ou o Espírito) no ponto mais alto.
Ritual
Existem muitos rituais na Wicca que são usados para celebrar os Sabás, adorar as divindades ou fazer feitiçaria. Geralmente são realizados em lua cheia, ou durante a lua nova, que é conhecida como Esbat. 
Nos ritos típicos, o coven ou os bruxos solitários reúnem-se dentro de um círculo mágico. Pode ocorrer a evocação dos "Guardiões" dos pontos cardeais, ao lado de seus respectivos elementos clássicos: Ar, Fogo, Água, Terra. Uma vez com o círculo traçado, podem ocorrer um ritual sazonal, orações ao Deus e a Deusa, e/ou feitiços à algum tema em especial.
Estes ritos incluem ferramentas mágicas: como uma faca chamada athame, uma varinha, um pentagrama, um cálice, às vezes um cabo de vassoura, um caldeirão mágico, velas, incensos e uma lâmina curva conhecida como bolline. Na maioria das vezes, o altar é obrigatório dentro do círculo, onde todas ou parte das ferramentas citadas são colocadas e, às vezes, junto a representações do Deus e da Deusa. Antes de entrar no círculo, algumas tradições se banham. Depois de um ritual terminado, os adeptos agradecem os deuses e o círculo é fechado.
O círculo mágico é de suma importância para a magia e é considerado um lugar de reunião, de amor, de alegria, de verdade; na Wicca, é um escudo contra o mal e serve também para preservar e conter o poder mágico.Síntese ideológica da coincidência dos opostos e o equilíbrio dos contrários, o Círculo Mágico é traçado às vezes com giz, carvão ou mesmo simbolicamente com a vareta, no chão, e pode ser considerado um baluarte que inclui figuras que correspondem ao triângulo, ao quadrado, ao pentágono, ao hexágono. 
Em grandes círculos, o Mago pode incluir os nomes das entidades a serem evocadas, ao passo que nos círculos menores, que correspondem aos quatro pontos cardeais, muitas vezes são postas figuras da Cabala e, no centro, mantras ou signos, cujo valor símbolo devem estar de acordo com a potência evocada. 
O Mago nunca deve sair do Círculo Mágico antes do término da operação e geralmente atua com as costas voltadas para o Oriente.
Um aspecto sensacional da Wicca, especialmente no Gardnerianismo e na Tradição Alexandrina, e que faz parte dos elementos sexuais que são fundamentais na religião, é despir-se e fazer o ritual com todos os membros nus, prática conhecida como skyclad. 
A nudez indica o abandono da persona social "em face de um mistério". Outras tradições usam roupas com cordões amarrados na cintura ou até mesmo vestimenta normal. 
Em certas tradições, a magia sexual é realizada sob a forma do Grande Rito, onde o Alto Sacerdote e a Alta Sacerdotisa invocam o Deus e a Deusa, que se apossam deles, antes de realizarem uma real relação sexual a fim de aumentar a energia mágica da feitiçaria. 
Em casos mais comuns, no entanto, essa relação sexual é feita simbolicamente, usando o athame como o falo do Deus e o cálice como a vulva da Deusa.  
O Pentagrama

 
O pentagrama, a estrela de cinco pontas, é um símbolo, mais utilizado pelos wiccanos que a Estrela de David, e praticamente obrigatório na maior parte das tradições wiccanas. Este não é exclusivamente Wicca; o pentagrama era o signo secreto dos Pitagóricos. 
Embora haja distinção entre a doutrina exotérica de Pitágoras (que concerne a conexão entre música e aritmética e o vínculo da matemática à ciência) e a esotérica, dirigida aos iniciados, pode-se dizer que tanto para um quanto para outro o pentagrama é uma indicação da vida e da inteligência, e para os Wiccanos simboliza ainda os quatro elementos acrescentado do Espírito, no ponto mais alto do ângulo.
No entanto, no Satanismo, e exclusivamente nele, invertido ou com uma representação de um bode negro o pentagrama simboliza o mal. 
Agora, na Wicca, ao que concerne de uso mais pessoal e individual, existem os talismãs, muitas vezes representados com pentagramas como o da figura acima, que garantem aos magos a prevenção contra os eventuais "Choques de Retorno". O talismã não pode ter em sua fabricação um elemento de fetiche (como os amuletos) mas um elemento natural: ossos, pedras, dentes, conchas, etc. 
O talismã não protege, como o amuleto, contra todo mal, senão apenas contra tal ou qual influência determinada em tal ou qual caso. Sua virtude se apóia em quatro elementos: a) o momento da sua criação; b) a matéria de que é feito; c) as figuras que comporta; d) as inscrições que nele estão gravadas.
A crença em sua influência depende de seu material, mas sempre é lógica e simbólica: se o talismã suporta rubi, por exemplo, imediatamente terá conexões com Marte, tanto o planeta quanto o ser mitológico. O Pantáculo, por sua vez, é a forma mais evoluída de talismã e procede da ideia de um objeto que contém o todo, que resume o todo, que é a síntese do macrocosmo. Outros símbolos menores na Wicca são o Tríscele, a Triquetra, e as Três Lebres. 
Fonte: A vida Supernatural